O árbitro internacional cabo-verdiano António Rodrigues, da região desportiva do Sal, acaba de deixar a carreira da arbitragem, por limite de idade, depois de um trajecto de aproximadamente 20 anos, mas continua na arbitragem como instrutor técnico.
António Rodrigues, que se destacou nos últimos tempos como um dos árbitros mais referenciados da actualidade cabo-verdiana, tanto nos campeonatos regionais como nos nacionais e muitas vezes com passagens pelas provas internacionais da Confederação Africana de Futebol, CAF, disse que deixa a arbitragem com um misto de sentimentos.
“O meu sentimento é de dever cumprido e tristeza porque a arbitragem é paixão. É muita experiência atingida, ao longo dos cerca de 20 anos de arbitragem, mas deixo a carreira de arbitragem de consciência tranquila para passar os conhecimento e experiências aos mais novos, para que possam fazer melhor do que temos feito”, explicou Rodrigues.
O momento chegou, tudo na vida tem um princípio e um fim, enfatizou, acrescentando que deixa um legado de jovens com muita qualidade e potencial na ilha do Sal para continuar a fazer um trabalho de qualidade e fazer Cabo Verde crescer no sentido geral.
Agora na qualidade de instrutor técnico de Arbitragem, António Rodrigues, enalteceu a qualidade de um curso de cinco dias ministrado pela FIFA na Federação Cabo-verdiana de Futebol e que serviu para formar e reciclar 28 instrutores técnicos e físicos no ramo de arbitragem.
Considera que esta nova formação terá um papel crucial em ajudar os novos capacitados no desenvolvimento da arbitragem cabo-verdiana, convicto de que os recém-formados estejam, doravante, mais capacitados e com bagagens técnicas para partilhar os novos conhecimentos nas suas regiões desportivas.
Acredita que esta formação terá um papel crucial na unificação de critérios de arbitragem, alegando que a FIFA trabalha para que árbitros do mundo inteiro tenham a mesma linguagem, no sentido universal.
SR/HF
Inforpress